11 agosto, 2007

INFORMES ENCONTRO NACIONAL

Car@s colegas sociólog@s e professores de filosofia participantes do nosso vitorioso 1º Encontro Nacional sobre Ensino de Sociologia e Filosofia, ocorrida em SP entre os dias 22 e 24 de julho de 2007: apesar de todos os problemas que, sabemos, não foram poucos, apesar de todas as dificuldades dos quase 600 participantes no total de 25 estados brasileiros, apesar do formato quase de plenária sindical ao final, conseguimos, finalmente, chegar ao documento final das resoluções do Encontro, que, agora, deve ser amplamente divulgadas em todas as entidades, colocadas nos sites da internet de nossas entidades, publicadas em jornais e revistas das entidades de professores e estudantes. Pedimos ainda que divulguem em suas malas pessoais de endereços eletrônicos, que o maior número de pessoas possa tomar conhecimento das decisões. começamos agora as negociações com as secretarias estaduais de educação para prepararmos o semestre letivo de 2008. Queremos S&F em todas as nossas 25 mil escolas de ensino médio no país e precisamos intensificar nossas lutas.

Sabemos que nem todas as 31 propostas que apresentamos anexas são o consenso da comunidade educacional, mas elas são um grande avanço, foram amplamente discutidas, foram emendadas e a comissão de relatoria final, em reunião hoje na sede da Apeoesp, por consenso, decidiu homologar o documento que mando anexo. Peço que leiam com atenção, estudem e iniciem o processo de sua aplicação, negociação. Vejam especialmente a questão da organização dos sociólogos e dos professores de filosofia, com tratamento especial.

Vamos rumar para preparar o 2º Encontro, indicado para ser no Nordeste e particularmente na cidade de São Luis do Maranhão, com apoio do governo do Estado e da prefeitura de São Luis. Agradecemos desde já a ampla participação de todas as entidades na plenária final. Devemos tomar iniciativas de recompor a comissão organizadora nacional das 11 entidades de forma que todas elas indiquem pessoas em caráter permanente para representá-las em todas as próximas reuniões. A nossa próxima reunião nacional ocorrerá no dia 13 de setembro, quarta-feira, das 14h às 18h, na sede da Apeoesp. Apelamos para que todas as entidades estaduais e nacionais estejam presentes.

Site: www.sociologos.org.br

Memória do 1º Encontro Nacional de Associações e Sindicatos de
Sociólogos no Brasil – 21 e 23 de Julho de 2007


Ao vigésimo primeiro dia do mês de julho de dois mil e sete, tendo em vista a convocação assinada por dirigentes de sindicatos, associações e comissões pró-entidades de sociólogos em vários estados brasileiros, que circulou por diversas listas nacionais e estaduais de convocação e considerando ainda a realização do 1º Encontro Nacional sobre Ensino de Sociologia e Filosofia convocado para os dias 22 a 24 de julho em São Paulo, reuniu-se na sede da sede da Apeoesp (Praça da República, 282 – Mezanino) a partir das 16h do sábado o 1º ENASINDS – Encontro Nacional de Associações e Sindicatos de Sociólogos, Encontro esse que se estendeu também para o dia 23 de julho de 2007, segunda-feira, a partir das 18h, no auditório “Elis Regina”, no Palácio das convenções do Anhembi, de forma que nesses dois dias, a lista de presença constava a assinatura de 53 colegas sociólogos dos estados de SP, MG, PR, RS, GO, AM, AP, RJ, PE, SC, CE, SE, PB e BA. Estados que foram contatados por telefone e apoiaram a convocação do ENASINDS e toparam participar desse processo de reorganização da FNSB: TO, MT, ES, RN, PA, MA, DF, AC e RR. Ficamos sem contatos apenas em AL, PI, RO e MS. Presentes os sindicatos dos sociólogos dos estados de São Paulo, Paraná e Bahia e as Associações de Sociólogos da Bahia e de Sergipe. Justificaram ausências, mas apoiaram o movimento os Sindicatos de Sociólogos dos Estados do Maranhão, Pará, Minas Gerais e Rio Grande do Norte. Estiveram ainda presentes as comissões pró-entidades dos estados de GO, PB, AP, CE, PE e SC. A convocação fala em debatermos e deliberarmos diversos assuntos, com a seguinte Ordem do Dia: 1. Informes Gerais; 2. Discussão sobre o temário do 1º Encontro sobre Ensino e posicionamento dos representantes dos Sociólogos presentes nas plenárias; 3. Balanço da Organização das Entidades de Sociólogos nos Estados; 4. Discussão e encaminhamentos sobre a reorganização nacional dos sociólogos e eventual indicação de uma direção provisória da FNSB e eventual convocação de um Congresso Nacional Extraordinário. Uma lista de presença foi aberta aos presentes. Abrindo a reunião o Sociólogo Lejeune Mato Grosso expôs o seguinte assunto: os sociólogos brasileiros, cuja viga nacional organizada completará 30 anos em novembro próximo (quando fundamos a antiga Associação dos Sociólogos do Brasil em 1977) e que possuem a sua Federação Nacional de caráter sindical desde 1988 (completaremos 20 anos em maio de 2008), encontram-se neste momento desorganizados em plano nacional, desarticulados e dispersos, fragmentados e mesmo divididos. Uma situação incompatível com as vitórias que vimos tendo em plano nacional e em vários estados com entidades e comissões pró-entidades surgindo. O desejo de ampla participação aumenta a cada dia e isso é visível isso em todos os lugares. Cresce a consciência do ser “Sociólogo”, ainda que exerçamos outras ocupações em nosso dia-a-dia (professores, analistas, pesquisadores etc.). Sabemos de outros imensos desafios. Passados esta etapa da obrigatoriedade do ensino de Sociologia, fazendo com que o nosso país dê exemplo para todo o mundo sobre isso, outros desafios teremos que agarrar pela frente. Entre eles, dois deles se destacam: criação do Conselho Federal de Sociólogos e seus respectivos CRS, bem como criar a carreira e os cargos de sociólogo em toda a administração federal, estadual e municipal, conforme determina a Lei 6.888/80. O sociólogo Lejeune aproveitou para agradecer todos os apoios que recebeu por ter feito ligações para outros estados, franqueados pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial em SP, Apeoesp, entre tantos outros apoios que tivemos dessa combativa entidade estadual. Disse que havia conversado nos últimos meses com quase todos os estados que tem sindicatos e associações e que estão organizando e criando entidades que nunca tiveram. Apesar da divisão que ocorreu desde novembro de 2005, vimos também que trocaram direções sindicais no Rio Grande do Sul, no Rio Grande do Norte, no Pará, no Piauí, no Rio de Janeiro. Minas Gerais inicia uma forte retomada, São Paulo terá eleições em outubro com uma renovação de mais de 80% da atual direção. Surgem comissões pró-entidades nos estados de SE, ES, MS, GO, DF, PB, CE. Mato Grosso criou uma associação, bem como Sergipe e AM vem tentando reativar a dela, assim como SC. Pernambuco ruma para a reativação e Bahia tem uma mesma diretoria, nova, para as duas entidades (Aseb/Sinseb). Mesmo estados que não temos massa crítica para criar entidade, temos contatos ativos seja com professores da rede ou especialmente da Universidade. Mais do que nunca temos que ter entidades representativas em todos os estados para que possamos negociar com os sistemas estaduais de ensino a implantação de Sociologia nas redes estaduais e privadas de ensino, sem que dependamos dos sindicatos de professores. Ficamos banidos dos currículos escolares nos últimos 40 anos e não formamos uma massa crítica, um número de líderes sindicais de professores que tenham se formado em ciências sociais e mesmo em filosofia, de tal forma que ainda prevalece um forte corporativismo na hora de negociarmos a carga horária que Sociologia e Filosofia devem ter nos currículos escolares. É vital que tenhamos nossas próprias entidades. Mas que devem estabelecer parcerias com os sindicatos de professores. A experiência que SP vem adotando há dez anos (desde 1997), quando realizamos no período oito encontros estaduais de professores de S&F, é a mais bem sucedida que temos notícias em todo o Brasil, ao qual queremos que elas sejam reproduzidas nos demais estados. Para isso, é fundamental que tenhamos nossas próprias entidades, que não devem nunca competir com os sindicatos de professores, até porque representamos os sociólogos, os profissionais (apenas uma parte de nós leciona, mas a totalidade de nossos colegas, mesmo os que não lecionam, estão de acordo e apóiam a nossa luta pela Sociologia no EM). Nesse sentido, em nome do Sinsesp estamos propomos um amplo debate entre nossos colegas – e já procedemos a amplas consultas nos estados – sobre dois pontos: 1. Indicação de uma direção provisória, colegiada, uma coordenação nacional, uma espécie de junta governativa, com tarefas concretas, práticas e objetivas, determinadas, por tempo determinado. Isso pode ser uma direção de 30 ou mais pessoas, para preparar um congresso nacional unitário e extraordinário em 2008 e que tente regularizar a situação jurídica da FNSB, especialmente o seu código sindical; 2. Propor a realização de um Congresso Nacional na cidade de São Paulo, no campus da Escola de Sociologia e Política de SP, entre os dias 21 e 25 de abril de 2008 (de segunda à sexta), com uma estimativa de 700 participantes; 3. Abrir imediatamente um amplo debate nos estados, nos sindicatos e nas associações representativas sobre a filiação à Central Única dos Trabalhadores ou a construção de um caminho alternativo, classista e que defenda efetivamente os interesses dos trabalhadores brasileiros e dos profissionais liberais, camponeses e servidores públicos; 4. Distribuir tarefas mínimas entre a direção provisória, determinadas, relacionadas a questões intersindicais, internacionais, institucionais, cursos de CS, sociologia no EM, conselho federal, pesquisa, mercado de trabalho, carreira, imprensa, finanças, relações com o governo federal e estaduais, questões de ética etc. Entendemos que estas quatro propostas de encaminhamentos podem unificar o país, as entidades e pelo que conversamos com todos os estados, mesmo os que não conseguirem comparecer, estão de acordo com a indicação de colegas para essa direção provisória e marcação da data do congresso nacional unitário. Passando a palavra aos demais participantes o sociólogo José Carlos representante do Paraná reiterou a importância de criação e fortalecimento de outros sindicatos e associações e a Federação dos Sociólogos e uma maior aproximação destes com os alunos formandos de Ciências Sociais. A importância das participações nas reuniões, atos públicos, congressos etc. A socióloga Carmem Cunha representando o Estado da Bahia e seguindo a mesma linha falou sobre a importância dos sindicatos não se auto marginalizarem de algumas situações tais como a profissionalização dos sociólogos principalmente em outras áreas de atuação além da educação. Os representantes do Estado da Paraíba Tânia e Cantalice manifestaram a preocupação de se criar no estado alguma entidade que os representasse fosse sindicato ou associação além da importância de se criar dentro da academia disciplinas responsáveis pelas demais áreas de atuação do sociólogo para que os formandos pudessem escolher aonde atuariam melhor bem como o respaldo da grade curricular das 17 áreas de atuação além de um laboratório em sociologia. O representante do Ceará sociólogo José Anchieta tem experiência semelhante ao da Paraíba quanto a questões sobre a criação de uma entidade representativa de sociólogos. Também expuseram que lecionam sociologia, mas, possuem poucas aulas, pois há um excesso de aulas de exatas. Os representantes de Minas Gerais encamparam a idéia de defender a implantação da sociologia e filosofia no ensino médio por entenderem a importância das mesmas além de fortalecer a entidade representativa dos sociólogos no estado de Minas Gerais para combater as distorções na legislação para a não implantação da Sociologia no estado. Também propuseram envolver as entidades estudantis na luta pela filosofia e sociologia além de uma inserção mínima de filosofia e sociologia nas universidades. O sociólogo Cantalice (Paraíba) propôs que a FNSB fizesse um levantamento dos profissionais formados em sociologia. Encerrando as falas o sociólogo Lejeune observou a necessidade de apoiar a criação de entidades sindicais que representem os sociólogos em outros estados além de indicar representantes para a coordenação da Federação Nacional dos Sociólogos além de convidar a todos para participarem do congresso estadual de sociologia que terá um caráter extraordinário por receber também sociólogos de outros estados. Após muitos debates, tanto no sábado, quanto na segunda, 21 e 23 de julho, os dois momentos em que o ENASINDS ocorreu, foram sendo levantados nomes de colegas que possam integrar a direção nacional colegiada, provisória, com objetivos concretos e práticos, acima listados. Chegou-se, ao final, entre as representações dos estados, de forma presencial e as que foram feitas anteriormente ao Encontro, aprovou-se a seguinte composição: Coordenação Nacional Provisória da Federação Nacional dos Sociólogos – Brasil – FNSB: São Paulo – Lejeune Mato Grosso Xavier de Carvalho (Unesp/Sinsesp); Sérgio Sanandaj Mattos (CESP/Sinsesp); Ricardo Antunes Abreu (Prefeitura de Guarulhos/Sinsesp); Robson Branco (Sabesp); Douglas Izzo (Diretor da Apeoesp); Paulo Neves (Diretor da Apeoesp); Fátima Carvalho (Professora da Rede Pública); Minas Gerais – Fernando Vaz (NESCOM/UFMG); Lourenço (Prefeitura de BH); Eleuza Silva (Copasa); Paraná – Alcione Prá (Secretaria da Justiça; Presidente do Sindicato/PR); José Carlos Costa Hashimoto (Bacen); Sergipe – Allan Rafael Veiga Feitosa; Graciela dos Santos Cardoso; Rio de Janeiro – Santo Conterato (UFF/Apserj); Pernambuco – Fabiana Pasini (UFRPE; Comissão Pró-Reativação do Sindicato); Bahia – Carmem Cunha (Presidente do Sinseb/Aseb); Paraíba – Tânia Régia (UFCG/Comissão Pró-Sindicato); Maranhão – Alderico José dos Santos Almeida (Presidente do Sindicato); Rio Grande do Norte – Paulo Araújo (Presidente do Sindicato); Pará – Dilma Mendonça Vinagre (Vice-Presidente do Sindicato do PA); Espírito Santo – João Ives Dotti Júnior (UFES/Comissão Pró-Sindicato); Santa Catarina – Nise Jinkings (UFSC/Comissão Pró-Reativação da Associação); Goiás – Flávio Diniz (UFG/Comissão Pró-Reativação da Associação); Distrito Federal – Erlando Reses (Rede Pública, UnB/Comissão Pró-Sindicato); Ceará – José Anchieta de Souza Filho (Rede Pública/Comissão Pró-Associação); Mato Grosso – Paulo Mário Izaac (UFMT/Associação dos Sociólogos de MT); Roraima – Geyza Alves Pimentel (UFRR, Comissão Pró-Associação); Amazonas – Tânia Valéria de Oliveira Custódio (UFAM/Coari); Luiz Antônio Souza (UFAM/Manaus); Tocantins – Auricélia Maria Cruz e Silva Moreira (Rede Pública/Comissão Pró-Associação); Amapá – Ivanéia de Souza Alves (Rede Púlica/Comissão Pró-Associação); Rio Grande do Sul – Thiago Ingrássia (Professor); Acre – Edson Vanda Pereira dos Santos (FUNTAC). Tarefas Internas na Coordenação Nacional – Intersindical – Lejeune Mato Grosso (SP); Institucional – Fernando Vaz (MG); Internacional – Paulo Araújo (RN); Sociologia no EM – Carmem Cunha (BA); Cursos de CS – Tânia Régia (PB) e Comissão de Ética – Dilma Vinagre (PA). Coordenadorias de Regiões Geográficas – Norte – Dilma, Geyza, Tânia Custódio, Edson e Ivanésia; Nordeste – Fabiana, Carmem, Tânia Régia, Allan, Graciela, Alderico, Paulo e Anchieta; Sul – Thiago, Nise, Alcione, José Carlos; Centro-Oeste – Erlando, Flávio, Paulo Izaac e Auricélia; Sudeste – Lejeune, Robson, Sérgio, Ricardo, Fátima, Douglas, Paulo Neves, Fernando, Eleuza, Lourenço, João Ives e Santo. Ao final dos trabalhos, o colega Lejeune agradeceu a presença de todos em ambas as partes da reunião e pediu especial empenho na participação dos sociólogos em todos os debates no 1º Encontro, especialmente na plenária final, quando deveremos aprovar um conjunto de resoluções que servirão como base para as nossas entidades de sociólogos e de professores e estudantes em todos os estados iniciarem as negociações com as secretarias de educação sobre as nossas reivindicações em 2008, que serão aprovadas no Encontro. A presente memória da reunião vai assinada por mim, Carlos Loiola, que a secretariei e pelo colega Lejeune Mato Grosso, que a coordenou. Nada mais foi acrescentado, encerrando-se a reunião no sábado, ás 19h e na segunda, às 19h30.