02 novembro, 2015

Competência Exclusiva para Ensinar Sociologia

Câmara aprova competência exclusiva para ensinar Sociologia: 

http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/EDUCACAO-E-CULTURA/498658-CAMARA-APROVA-COMPETENCIA-EXCLUSIVA-PARA-ENSINAR-SOCIOLOGIA.html

EM DEFESA DO ENSINO DA SOCIOLOGIA

ABAIXO-ASSINADO: 

«MANIFESTO EM DEFESA DO ENSINO DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA - RJ» 

no endereço

http://www.peticaopublica.com.br/pview.aspx?pi=BR84826

13 janeiro, 2015

Sociólog@: o que você deveria saber sobre sua Profissão

O Que Todo Sindicalista Sociólogo Deveria Saber Sobre Nossa Profissão

Lejeune Mirhan[1]

Venho militando no sindicalismo de profissão desde que me formei em 1981. Tenho sido sociólogo nesses últimos 32 anos. Imediatamente que me formei, solicitei registro profissional da antiga Delegacia Regional do Trabalho, que hoje se chama Superintendência Regional do Trabalho – SRT do ministério do Trabalho e Emprego.

Ministrei aulas logo que me formei na rede estadual de ensino e posteriormente, a partir de 1986, em universidade privada.

Dei minha contribuição para a fundação do nosso SINDSESP em 1982. Ainda que sócio do SINPRO Campinas, fiz a opção de militar no sindicato da minha categoria principal, ainda que eu tenha duas profissões, como veremos a seguir, nunca desejei dirigir sindicatos de professores, seja do setor privado ou da rede pública.

Sintetizo aqui, por ver tantos equívocos serem ditos e cometidos em todos os cantos que circulo, alguns pontos de vista que, ainda que esteja aberto ao debate, tenho opinião bastante convicta sobre todos eles.

1. Primeiros sociólogos – Os sete primeiros formados (sim, eram todos homens!), estudaram na Escola de Sociologia e Política de SP e receberam seus diplomas de “Bachareis em Sociologia e Política” em 1936;

2. Lei da Profissão – A primeira proposta de Lei para reconhecer e regulamentar a nossa profissão foi apresentada na Câmara dos Deputados em 1960. Vinte anos depois, um Projeto do então deputado Francisco Amaral (PMDB, ex-prefeito de Campinas), é aprovada e sancionada pelo general-ditador Figueiredo e leva o nº de 6.888 de 10 de dezembro de 1980;

3. Quem é sociólogo – Sociólogo é o portador do diploma de Bacharel em CS ou em Sociologia Política. Ainda assim, mesmo com o diploma, é preciso registrá-lo nas SRT e adquirir um número na Carteira de Trabalho que nos habilita ao exercício profissional. Na falta de conselhos, os concursos aceitam esse número como prova de habilitação profissional.

3. Quem é o Licenciado em CS – É o professor de Sociologia e não pode exercer a profissão de Sociólogo. Só ele pode prestar concurso e assumir vaga de professor. Bachareis podem lecionar apenas em caráter excepcional e jamais poderão prestar concursos para provimento de cargos de docentes das redes estaduais. O inverso também é verdadeiro, ou seja, licenciados jamais poderão prestar concursos para preenchimento de vagas de sociólogos;

4. Duas profissões – Todos os profissionais que possuírem – e incentivam que o tenham – dois diplomas, Licenciatura e Bacharelado – possuem também DUAS PROFISSÕES. São sociólogos e professores de Sociologia. Simples assim. Quando esse profissional de duas profissões leciona apenas – que é uma das atribuições dos sociólogos segundo nossa Lei, observadas os critérios legais para isso – eu costumo e dizer assim: “sou sociólogo exercendo a FUNÇÃO de professor”. Nunca devemos perder de vista nossa profissão preponderante, mesmo quando a docência subsume o sociólogo;

5. Dia do Sociólogo – Não temos ainda um Dia nosso a comemorar. O PL do deputado do PSOL do Rio, Chico Alencar que propõe nosso Dia como 10 de dezembro, por causa da Lei, ainda tramita na Câmara. Não tenho claro que essa é a melhor data. Quando de pesquisas que fiz com 20 conselho profissionais em SP a maioria tinha como data a fundação do primeiro curso da área. No nosso caso, seria 27 de Maio, data da fundação da ESP;

6. Entidade Nacional – Ainda que sigamos desorganizados nacionalmente e com entidade federativa sem registro sindical, algumas datas todos sindicalistas devem ter em mente: a) para organizar uma entidade nacional, civil, associativa (pois não podíamos ter sindicatos por não sermos profissão reconhecida), realizamos sete encontros nacionais de associações de sociólogos; o 1º Encontro ocorreu em 9/7/1976 m Brasília e o 7º, ocorreu em 14/11/1977 em BH, Minas, que fundou a Associação dos Sociólogos do Brasil – ASB, cuja primeira presidente foi a gaúcha Maria Luiza Jaeger;

7. Congressos Nacionais – Organizamos 15 Congressos Nacionais de Sociólogos, sendo o 1º em 22/2/1979 em BH, Minas e o 15º em 12/4/2011 em POA, RS. Prevê-se que o 16º, já com a FNS legalizada e com código, ocorra no RJ, em outubro deste ano. Registro que no 7º Congresso, na plenária final de delegados ocorrida no dia 27 de maio de 1988 em Salvador, os delegados decidiram fundar a FNS, cujos estatutos foram aprovados em Congresso Extraordinário em 1989 e estão registrados em cartório em BH (mas, sem código sindical até os dais atuais);

8. Conselho Federal – São autarquias da união, órgãos fiscalizadores do exercício profissional da categoria dos sociólogos. A nossa Lei de 1980, previa a sua criação, mas na última hora, nossas lideranças à época solicitaram retirar esse tema do texto final aprovado. Nosso futuro Conselho Federal deve ser de categoria e não de ciência, ou seja de Sociólogos e não de Sociologia;

9. Não existe a profissão de “Cientistas Sociais” – muitos de nós, de forma desavisadas e muitas vezes pela confusão pelo nome do nosso diploma – bacharel em CS – acabam por se apresentarem como “Cientistas Sociais” (sic). Essa profissão não existe e jamais existirá e os que insistem em usar esse termo nos prestam um imenso desserviço à nossa categoria;

10. Bacharelado em Sociologia e Política – Só há uma forma de acabarmos com essa confusão. Deve ser a separação de vez dos que querem ser antropólogos e acabarmos com a dicotomia Sociólogo e “Cientista Político”, que também não é profissão reconhecida. Sociólogos habilitados podem e devem fazer análises sociológicas e políticas e nada deixam a desejar aos que se apresentam como “Cientistas Políticos”. Assim, defendemos já há tempos o modelo de bacharelado adotado há quase 80 anos pela ESP, qual seja, bacharel em Sociologia e Política. Além disso, devemos reforçar que sejam oferecidos em pelo menos oito semestres, com estágio profissional supervisionado e TCC ao final do curso;

11. Sociologia no Ensino Médio – A nossa luta 11 anos (1997 a 2008) para mudar a LDB e aprovar a Lei da Obrigatoriedade (nº 11.684 de 2/6/2008) prevê Sociologia como disciplina obrigatória. A palavra “Ciências Sociais” jamais foi mencionada; tampouco antropologia ou psicologia. Qualquer proposta de adoção de “CS” como disciplina – que é área de conhecimento e não ciência – é contrabando e nos enfraquece;

12. Organização Sindical – Sindicatos representam, pelo nosso ordenamento jurídico e constitucional, apenas e tão somente categorias profissionais reconhecidas e regulamentadas. Assim, nossos sindicatos devem representar exclusivamente sociólogos (bachareis e de preferência com registro profissional nas SRTs nos estados). Sindicalizar licenciados, que são professores, é tomar base sindical dos sindicatos de professores, seja da rede pública ou do setor privado. Isso pode nos causar problemas políticos e crise de representação. Tampouco representamos os que insistem em se apresentar como “cientistas sociais”, “cientistas políticos” ou mesmo “antropólogos”;

13. Piso Salarial Nacional – Não possuímos um piso. Apenas e tão somente quando viermos a ter nosso futuro Conselho Federal de Sociólogos este poderá fixar os valores salariais e de jornada de trabalho de nossos profissionais e ainda assim, estes valores não podem ser indexados pelo salário mínimo nacional;

14. Código de Ética Profissional – Também não temos. Apenas um recomendado pelo 10º Congresso de Porto Alegre, de 9 de setembro de 1996, referendado no Conselho Deliberativo da FNS de março de 2007 em SP. Tem valor sugestivo apenas.

São Paulo, 13 de janeiro de 2015.

(1ª versão para o debate, apresentado à diretoria do SINDSESP)




[1] * Sociólogo, Professor, Escritor e Arabista. Colunista da Revista Sociologia da Editora Escala desde 2007 e do portal Vermelho desde 2002. Foi professor de Sociologia e Ciência Política da Universidade Metodista de Piracicaba – UNIMEP (1986-2006). Foi presidente da Federação Nacional dos Sociólogos (1996-2002) e do Sindicato dos Sociólogos do Estado de São Paulo (2007-2010). Recebe mensagens pelo correio eletrônico lejeunemgxc@uol.com.br.

22 setembro, 2014

Fundamentalismo disciplinar

ENSINO MÉDIO E A ORDEM DISCIPLINAR CADUCA

Os fundamentalistas da ordem disciplinar não desejam mudar o Ensino Médio que reproduz uma grade curricular pautada no Século XIX. 

Parece que a garantia do mercado para vender seus livros didáticos é mais importante que qualquer possibilidade de mudança e atualização histórica!

13 setembro, 2014

CIÊNCIA SOCIAL PARA O SÉCULO XXI

O 4º SEMINÁRIO INTERDISCIPLINAR EM SOCIOLOGIA E DIREITO.

14 e 15 de Outubro de 2014, em Niterói- RJ, na Faculdade de Direito da UFF.

Submissão de trabalhos: prorrogado até 14.09.2014

GT 5: CIÊNCIA SOCIAL PARA O SÉCULO XXI: os cursos de licenciatura em Ciências Sociais na atualidade.
Coordenação: Prof. Dr. Alexandre Fernandes Corrêa (UFRJ Macaé) e mestranda Renata Feno Neves (PPGSD/UFF)

Ementa: A proposta deste GT circunscreve-se ao debate atual acerca das metamorfoses no mundo do saber e das consequências epistemológicas dessas transformações, especialmente no que se refere aos seus impactos sobre a lógica da transmissão do legado da cultura sociológica para as novas gerações. Wallerstein (2002) tem nos apresentado as principais características da formação histórica do sistema-mundo, indicando aspectos da aceleração do processo de globalização tecnológica e econômica, assim como da chamada mundialização. Esta última nos interessa mais especialmente ao tratarmos das transformações atuais do sistema educacional. Sem dúvida que os impactos dessas transformações recentes, advindas e consolidadas desde a década de 1990 do século XX, têm consequências importantes para as estruturas do saber estabelecidas. Nesse sentido consideramos a sugestiva provocação do autor estadunidense ao intitular sua reflexão sob o manto enigmático: O Fim do Mundo como o Concebemos. Constatamos que nesse contexto os cânones clássicos do conhecimento e da ciência têm sido abalados por constantes sismos epistemológicos. Os impactos desse processo global/mundial ainda não produziram todos os seus efeitos potenciais. Nosso convite é para um debate em que se pretende detectar aspectos dessas transformações no espaço sócio-educacional das licenciaturas em Ciências Sociais, respondendo algumas dessas questões: a) Como os currículos de graduação dão conta das novas exigências da contemporaneidade? b) Quais as possibilidades de inovação e conservação das matrizes teóricas e disciplinares canônicas? c) As licenciaturas devem replicar o currículo do bacharelado incluindo apenas as disciplinas pedagógicas? d) É possível criar uma nova forma de transmissão da cultura sociológica específica e peculiar ao ensino? e) De que modo a promoção da cultura sociológica contribui para a recuperação das Humanidades num contexto de predomínio da tecno-ciência?

12 setembro, 2014

Lição Certa

SOCIÓLOGOS AVALIAM PAPEL DAS CIÊNCIAS HUMANAS NO CURRÍCULO ESCOLAR

Em resposta ao editorial “Lição errada”, que diz repeito ao aumento da carga horária de filosofia, sociologia e artes no currículo do ensino médio no Estado de São Paulo, a Federação Nacional dos Sociólogos (FNS) tem esclarecimentos a fazer.
O editorial ataca, de forma gratuita e preconceituosa, a sociologia e outras ciências humanas. Do ponto de vista objetivo, baseado em que pressupostos o texto afirma que incluir (conforme determinado por lei) ou aumentar as cargas horárias de sociologia, filosofia ou artes sejam “experimentalismos duvidosos”, e “matemática e português” sejam disciplinas “estruturantes”?
Para efeitos de uma formação que privilegie a construção da cidadania e a despeito da atual formação instrumental, utilitarista e individualista que visa apenas o mercado e o sucesso individual, acreditamos que sociologia, filosofia ou artes devem ter primazia ou importância equivalente.
Historicamente, a educação nunca foi prioridade no Brasil. De um modo geral, o modelo educacional brasileiro que conhecemos hoje é remanescente do imposto nos anos 1960 pela ditadura militar, em que as ciências humanas gradativamente foram perdendo espaço na grade curricular do sistema educacional em nível de educação básica e média, tanto no ensino público quanto no privado.
Mais recentemente –década de 1990–, as ciências humanas passaram por outras medidas de caráter restritivo, impostas pelo modelo americano. Influenciados pelas ideais de uma educação meramente utilitária e tecnicista, os currículos foram adaptados para assegurar uma formação que privilegiasse as disciplinas instrumentais, em detrimento de conteúdos voltados para uma formação cidadã e humanista, incompatíveis, antes, com o regime autoritário e, agora, com o neoliberal.
No campo da educação, prevalece o discurso que privilegia o ensino e a pesquisa inter ou transdisciplinar. Do ponto de vista epistemológico, o sujeito pós-moderno opõe-se aos grandes modelos teóricos.
A atuação política pós-moderna desqualifica e dissimula a ação política tradicional (Estado, partidos políticos, sindicatos, movimentos populares etc.), preferindo atuar por meio de ações voluntárias de ONGs, bem como, nos atos mais ou menos espontâneos de grupos e/ou de sujeitos políticos protagonistas ou representantes de demandas sociais específicas ou de grupos excluídos.
Caracteriza-se por uma tendência aberta ao individualismo e ao utilitarismo escamoteados por uma espécie de hedonismo socializado pela mídia. Esvazia os conteúdos ideológicos intrínsecos ao campo político e reduz o papel do Estado a mero financiador ou prestador de serviços públicos. Nesse contexto é que se inserem as interpretações sobre os fatos históricos e os acontecimentos políticos ou sociais na atualidade.
A criminalização de setores do movimento social, de um lado, e as recentes –e, por que não dizer, históricas– respostas violentas às reivindicações sociais e populares mostram que as alternativas autoritárias ainda resistem e seduzem setores insatisfeitos com as respostas oferecidas pela política tradicional e os relativismos estabelecidos pela pós-modernidade.
Não é sem motivo que nos lugares tradicionais de conflito e competição –trabalho, política, moral, sexualidade, cultura–, em que inexistem limites definidos ou claros, é que encontramos a crise instalada nessas sociedades.
As diversas crises –econômica, étnica, político-ideológica, entre outras– que encerraram o século 20 e inauguram o 21 demonstram de modo incontestável o esgotamento dos modelos liberais ocidentais, a despeito dos sofismas neoliberais reacionários.
É nessse contexto que o aumento da carga horária de filosofia, sociologia e artes no Estado de São Paulo se insere e reflete a urgência de se pensar uma sociedade mais humana e cidadã onde os jovens, integrantes do ensino médio, serão os protagonistas desse novo modelo.


Ricardo Antunes de Abreu é presidente da Federação Nacional dos Sociólogos (FNS) e Mario Miranda Antonio Junior é sociólogo e consultor da FNS

27 julho, 2014

CIÊNCIA SOCIAL PARA O SÉCULO XXI


4º SEMINÁRIO INTERDISCIPLINAR EM SOCIOLOGIA E DIREITO
Tema: E AGORA, BRASIL?
15 e 16 de Outubro de 2014
Faculdade de Direito - Universidade Federal Fluminense
PROPOSTA DE GRUPO DE TRABALHO
 
CIÊNCIA SOCIAL PARA O SÉCULO XXI: os cursos de licenciatura em Ciências Sociais na atualidade.
Coordenação: Alexandre Fernandes Corrêa (UFRJ Macaé) e Nilton Soares de Souza Neto (Faculdade Paraíso SG).

EMENTA: A proposta deste GT circunscreve-se ao debate atual acerca das metamorfoses no mundo do saber e das conseqüências epistemológicas dessas transformações, especialmente no que se refere aos seus impactos sobre a lógica da transmissão do legado da cultura sociológica para as novas gerações. Wallerstein (2002) tem nos apresentado as principais características da formação histórica do sistema-mundo, indicando aspectos da aceleração do processo de globalização tecnológica e econômica, assim como da chamada mundialização. Esta última nos interessa mais especialmente ao tratarmos das transformações atuais do sistema educacional. Sem dúvida que os impactos dessas transformações recentes, advindas e consolidadas desde a década de 1990 do século XX, têm conseqüências importantes para as estruturas do saber estabelecidas. Nesse sentido consideramos a sugestiva provocação do autor estadunidense ao intitular sua reflexão sob o manto enigmático: O Fim do Mundo como o Concebemos. Constatamos que nesse contexto os cânones clássicos do conhecimento e da ciência têm sido abalados por constantes sismos epistemológicos. Os impactos desse processo global/mundial ainda não produziram todos os seus efeitos potenciais. Nosso convite é para um debate em que se pretende detectar aspectos dessas transformações no espaço sócio-educacional das licenciaturas em Ciências Sociais, respondendo algumas dessas questões: a) Como os currículos de graduação dão conta das novas exigências da contemporaneidade? b) Quais as possibilidades de inovação e conservação das matrizes teóricas e disciplinares canônicas? c) As licenciaturas devem replicar o currículo do bacharelado incluindo apenas as disciplinas pedagógicas? d) É possível criar uma nova forma de transmissão da cultura sociológica específica e peculiar ao ensino? e) De que modo a promoção da cultura sociológica contribui para a recuperação das Humanidades num contexto de predomínio da tecno-ciência?
JUSTIFICATIVA: A sugestão desse GT adveio de uma reflexão particular relacionada a demanda pela criação por um curso de graduação em Ciências Sociais, habilitação licenciatura, no âmbito do Campus UFRJ de Macaé. Diversas consultas já foram realizadas a diferentes instituições acadêmicas e políticas desde a Associação Brasileira de Ensino de Ciências Sociais (ABECS), o Sindicato dos Sociólogos do Rio de Janeiro (SINDSERJ), a Federação Nacional dos Sociólogos (FNS), a Sociedade Brasileira de Sociologia (SBS) e o Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS/UFRJ). Atualmente o Projeto Político Pedagógico encontra-se em fase de debate interno na Universidade Federal do Rio de Janeiro. No entanto, com o objetivo de alargar nosso entendimento da questão ligada a lógica da transmissão da cultura sociológica na sociedade contemporânea, tema desse Grupo de Trabalho, demos inicio nesse semestre a um Projeto de Pesquisa intitulado A Representação Social das Humanidades no Espaço Sócio-Educacional de Macaé/RJ (2014-2016). Nessa investigação nos apoiamos no conceito de representação social apresentado por Serge Moscovici na obra A Representação Social da Psicanálise (1978). O referido Projeto comporta pesquisa, prospecção e levantamento de dados referentes as demandas crescentes por cursos e disciplinas em Humanidades na Região Norte do Estado do Rio de Janeiro. Pretende, além disso, identificar e avaliar demandas gerais e específicas referentes as disciplinas Sociologia e Filosofia, assim como Artes e outras disciplinas em Humanidades (Ribeiro, 2001), no sistema de Ensino Médio e Superior em Macaé; considerando a legislação em vigor (LDB/1996). Dessa forma, tal Projeto de Pesquisa almeja avaliar as condições locais para implantação do conceito pleno de Universidade no Campus UFRJ Macaé, ampliando suas bases acadêmicas atuais, ao abarcar as grandes áreas do conhecimento humano. Trata-se de uma investigação que problematiza os possíveis efeitos deletérios causados pelo papel secundário atribuído a dimensão simbólica e cultural, na formação universitária local. Considerando todos esses domínios e aspectos colocados em tela, convidamos especialistas e interessados no tema a apresentarem propostas de discussão, promovendo um amplo panorama sobre a realidade presente do ensino da cultura sociológica em nossa sociedade.
Palavras-chave:
Humanidades – Ciências Sociais – Representações Sociais  – Ensino – Epistemologia – Cultura Sociológica.

09 maio, 2014

EDUCAÇÃO PROIBIDA

Este documentário produzido no ano de 2012, questiona a escolarização moderna e propõem um novo modelo educativo.
O atual sistema "PRUSSIANO" originado do padrão militar de educação da Prússia, no século 18, tem como objetivo gerar uma massa de pessoas obedientes e competitivas, com disposição para guerrear.
As escolas são colocadas no mesmo patamar das fábricas e dos presídios, com seus portões, grades e muros; com horários estipulados de entrada e de saída, fardamento obrigatório, intervalos e sirenes indicando o início e o fim das aulas.
Ou seja, o sistema educacional vigente acaba refletindo verdadeiras estruturas políticas ditatoriais que produzem cidadãos "adestrados" para servir ao sistema; nesses termos, qualquer metodologia educacional que busque algo diferente será "proibida".
Infelizmente, esse foi o modelo que se espalhou pela Europa e depois pelas Américas. Sua principal falha está em um projeto que não leva em consideração a natureza da aprendizagem, a liberdade de escolha ou a importância do amor e relações humanas no desenvolvimento individual e coletivo.
E aqui estamos agora, com este problema enorme nas mãos...
Assim, fracassados somos todos os que compactuamos direta ou indiretamente com esta verdadeira máquina de subjugar crianças e adolescentes inocentes.
Este documentário é o resultado de mais de 90 entrevistas realizadas em 8 países através de 45 experiências educativas não convencionais e um total de 704 co-produtores.
Um projeto completamente independente de uma magnitude sem precedentes, o que explica a necessidade latente para o crescimento e o surgimento de novas formas de educação.
Colabore você também, divulgando e compartilhando o vídeo em redes sociais, promovendo um debate no seu meio social.

"Todo mundo fala de paz, mas ninguém educa para a paz. As pessoas educam apenas para a competição e a competição leva à guerra."
( Pablo Lipnizky )

"Nunca duvide que um pequeno grupo de cidadãos, prestativos e responsáveis possa mudar o mundo. Na verdade, é assim que tem acontecido sempre."
( Margaret Mead )

"A liberdade real virá quando nós nos libertarmos da dominação da educação ocidental, da cultura ocidental, e do modo de vida ocidental."
( Mahatma Gandhi )

Algumas das propostas e princípios pedagógicos que sustentam "A Educação Proibida":
Método Montessori; pedagogia Waldorf (Rudolf Steiner); pedagogia Crítica; pedagogia Liberadora (Paulo Freire); método Pestalozzi; método Freinet; A Escola Livre; A Escola Ativa; pedagogia Sistêmica; educação Personalizada; pedagogia Logosófica.


Link: https://www.youtube.com/watch?v=-t60Gc00Bt8

Livros gratuitos - UNESP

Unesp libera mais de 240 livros sobre Ciências Humanas para download gratuito: 

http://revistagalileu.globo.com/blogs/estante-galileu/noticia/2014/05/editora-unesp-libera-livros-para-download-gratuito.html

A "Crise" na educação brasileira é um projeto!















Professora Luitgarde Oliveira Barros (UERJ) cala políticos ao comentar o estado da educação pública; assista ao vídeo:


http://www.politicanarede.com/2013/10/professora-cala-politicos-ao-comentar-o.html

O Alfabetismo Sociológico

A Revista Tempo da Ciência, da UNIOESTE, publicou um artigo sobre o Ensino de Sociologia. 
Trata-se de:

"O Alfabetismo Sociológico - uma contribuição para o debate sobre o ensino de sociologia":

http://e-revista.unioeste.br/index.php/tempodaciencia/article/view/9950/7220